A ESCUNA PERDIDA constitui a 1ª parte da minha obra favorita de Júlio Verne, chamada DOIS ANOS DE FÉRIAS.
Li-o pela 1º vez quando tinha os meus onze anos , reli várias vezes e até hoje nunca mais esqueci nem o tema nem os ensinamentos.
Um grupo de jovens encerrado num espaço fechado , uma ilha,, devido ao naufrágio da escuna que os transportava para uma viagem de fim de actividade escolar ou coisa que o valha.
Portanto um grupo de jovens encerrado num espaço estranho para eles, fechado, sem hipóteses de comunicação com o exterior.
O grupo subdivide-se de acordo com as personalidades dos seus elementos e em cada grupo emerge um lider natural.
Feitos diametralmente opostos desses lideres.
Provas que cada uma das pessoas envolvidas tinha que ultrapassar diáriamente se quisessem sobreviver naquele meio.
Laços fortes de união que se criaram entre quem anteriormente só era conhecido da turma ou nem isso.
Primeiramente o aperceberem-se de que tinham que ser fortes fisicamente para sobreviver naquela ilha. Depois o chegarem á conclusão que a resistência mental ainda era mais importante que a física.
O libertarem-se de tudo o que não era essencial á vida e o aprender a reconhecer o que conta verdadeiramente; o coração , entusiasmo , resistência e esperança.
A revelação num meio adverso dos piores defeitos de cada um e das melhores qualidades...
Foi escrito há dezenas de anos mas não vos lembra nada da actualidade???
Desde há muitos anos que se habituara a estruturar o seu pensamento e a resolver as dificuldades da vida como se de um sistema de equações
se tratasse.
Com restrições, premissas, variáveis e incógnitas. Como na vida...
J. ficou com esse hábito desde os tempos de faculdade.
Agora estava perante uma equação daquelas complicadas, daquelas que exigiam a aplicação desse tipo de pensamento matemático.
Formulação do problema:
A relação com A. evoluiu até a um ponto de uma dependência muito grande, quase absoluta com tudo o que isso tem de maravilhoso. Isso dá a J. muita alegria, ânimo para continuar e uma boa disposição e tranquilidade que lhe permitem também gostar imenso da vida que tem com a B.
Se a relação continuar a evoluir neste sentido A. vai-se afastar porque vai ficar demasiado presa.
Aí ,J. vai viver muito mal com B. porque não tem a A.
Por outro lado se se afastar de A., partindo do principio absurdo
que consegue, aí fica muito mal e vai pôr em perigo a relação com
B. porque lhe vai faltar a força e alegria que tem actualmente.
J. olhou para a equação complicada e sentiu que havia termos da
fracção que podiam ser simplificados, valores divisiveis que poderiam
ser passados para o outro lado da expressão, somas e subtrações que
resolvidas anular-se-iam simplificando a equação. No final só haveriam de ficar alguns termos irredutiveis, numeros primos e valores
fundamentais para a equação.
Nessa altura, daqui a um tempo, quando já não houver nada para
simplificar , iria ter a solução deste problema.
Pensamento matemático ajuda-me...
Guardou a máquina de calcular.
. Novembro
. Brexit
. Acabou
. Porque é que detesto a He...