Há uns anos, um amigo meu teve o azar de ficar com a viatura parcialmente destruida por um taxi que circulava em contramão numa rua junto a minha casa. O taxista era claramente culpado mas com os conhecimentos que tinha na área da advocacia, conseguiu provar que a dita rua legalmente não existia porque ainda não estava referenciada no mapa actualizado da freguesia.
Era culpado, manobra perigosa real numa rua real, mas como a lei exigia um mapa actualizado, esse meu amigo teve que reparar a viatura do seu bolso.
Há uns anos, depois dos protestos de um vizinho meu devido ao som demasiado alto de uma TV que debitava diálogos de novelas a horas impróprias, a vizinha dona dessa TV, idosa, respondia assim: se protesta pelo barulho da novela porque diz que a sua esposa é médica e necessita descansar, então ela que estude em vez de descansar, porque os médicos actualmente não sabem nada.
Aparecem escutas onde altas figuras do nosso país usam indevidamente o nosso dinheiro para se manterem, e aos amigos, indefinidamente no poder. Em vez de perguntarmos se eles disseram ou não o que aparece transcrito nos jornais, andamos entretidos a analisar se essas escutas seguiram os processos legais.
Temos jogadores profissionais de futebol aos sopapos em índividuos pagos para manter a ordem nos estádios e o que fazemos? Discutimos o conceito de interveniente no espectáculo...
Enfim, isto é só vê-los a circular em contramão. É que no final, a rua nunca existiu...
. Novembro
. Brexit
. Acabou
. Porque é que detesto a He...