Hoje o jornal "Público" faz 25 anos. Um dos jornais da minha vida e que me vai marcar para sempre.A "A Bola" ensinou-me geografia e literatura à boleia do desporto. "o Independente" ensinou-me o que é pensar política e divertir-me lendo. O "Público" ensinou-me tudo o resto, desde ciência e artes até ao social.
Compro o "Público" desde o número 1 e é a minha companhia ao almoço quando estou sozinho. Boa companhia, portanto.
Leio qualquer jornal ou revista de trás para a frente. No caso do "Público" assim começo pelas notícias de última hora, Miguel Esteves Cardoso, crónicas, desporto, sociedade, mundo e só no fim a política local.
Rasgo tudo o que me interessa para guardar para sempre e escrevo notas ao lado.
Tudo coisas que não posso fazer na vida.
Há riscos do "Público" acabar.
Aquele jornal é a minha companhia desde o nro 1. Nem se atrevam a fechá-lo! Caguei para o on-line. Um jornal é para separar as páginas que interessam e dá-las a quem gostamos, é rasgar recortes de coisas giras, é sentir o cheiro do papel, é discutir com um grande amigo a minha impossibilidade genética de manter as páginas ordenadas e arrumadas (certo Zé?). E é saber os sítios de cada página.
Nem se atrevam.